quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cheiros, formatos, ruas, passos no bairro

Horário de almoço, crianças saem da escola municipal, peruas, mães segurando a mão de seus filhos, a rua outrora silenciosa ganha sons de vida, cheiro de comida, hoje o bife exalava aroma apetitoso ou, como diz meu pequeno Arthur de 2 anos, “que delicia”. Ele não me acompanhava, estava na companhia da minha Isa, indo para casa da “Tia Nane”, brincar com os gêmeos, seus primos. Sobre e desce calçadas, ela cita a beleza de uma casa verde, fala do portão pequeno e segue observando detalhes do bairro. Minha Isa com sua visão aguçada e passos pensantes.

Gosto de andar por ruas e ver que há uma linha entre permanência e mudança. Alguns jardins só cresceram, outros desapareceram. Algumas fachadas foram pintadas realçando seus traços, outras casas derrubadas, e nossa memória tece conexão entre tempo e paisagem, nossas lembranças flutuam ao sabor dos retratos cotidianos, surge recordações com perfume de saudade, e os passos seguem no ritmo aprendiz que marca as diferentes estações do clima e de nossa passagem...

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